Aconteceu nos dias 14 a 17 de maio na cidade de Barreirinhas - Maranhão - a Assembleia Regional dos Presbíteros e teve como tema: “Identidade e Espiritualidade do Presbítero na mudança de época”. Foi assessorada pelo padre Manoel Godoy e contou com a presença de dom Sebastião Bandeira, bispo da diocese de Coroatá e dom Valdecir, bispo da diocese de Brejo; bem como a presença de cinquenta e dois presbíteros de dez dioceses de nosso regional e quatro diáconos.
Partindo do texto base do 14º Encontro Nacional dos Presbíteros acontecido em Aparecida no mês de fevereiro deste ano, bem como de sua experiência de trabalho com os diversos grupos de presbíteros em nosso território nacional, o assessor adentrou no tema partindo do conceito de identidade, destacando que estamos “vivenciamos um período onde desconstrução e construção que se alternam, dando uma sensação de nada definido, que “justifica” a busca de alguns por algo mais seguro, tentando voltar a um passado idealizado e por muitos nunca vivido”, de maneira que, em muitos casos, para alguns presbíteros, é mais seguro retornar ao modelo antigo de presbítero, do que se encaixar no modelo de presbítero proposto pelo Concílio Vaticano II.
Diante disso, destacou o assessor que se deve fazer uma distinção entre identidade presbiteral e identidade do presbítero, de modo que, esta nasce do confronto da vida do presbítero com a realidade: são as experiências vivenciadas ao longo do exercício do ministério presbiteral; enquanto que aquela foi construída ao longo da história pela instituição (Igreja): seria o presbítero ideal, sendo este idealizado pela sociedade, cultura, família, e Igreja.
Assim sendo, há que se dizer que existe uma crise na identidade presbiteral e esta talvez se dê pelo fato de existir uma tensão dialética entre um modelo ideal proposto pela instituição e o que as pessoas realmente assimilam e vivem. Entre os fatores que estão associados a crise, podem ser destacados: a exacerbação da autonomia, da subjetividade e da dimensão existencial.
O padre ainda destacou que atualmente há dois paradigmas: o do Concílio de Trento, que a seu tempo, foi eficaz, pois colocou a Igreja novamente no caminho que conduz a Cristo; e o do Vaticano II: que à luz dos movimentos pré conciliares, reconduzem a Igreja aos moldes da Igreja dos primeiros séculos, na qual o presbítero é chamado a agir e testemunhar Cristo em comunhão com o bispo e, portanto,“É no interior do mistério da Igreja como comunhão trinitária em tensão missionária, que se revela a identidade cristã de cada um e, portanto, a específica identidade do sacerdote e do seu ministério” (PDV 12).
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