Seguidores

quarta-feira, 30 de março de 2011

O PADRE BELGA EXPOENTE DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO


Em 1968, uma campanha da TFP (Tradição, Família e Propriedade) juntou, de Norte a Sul, um milhão de assinaturas pedindo a expulsão do padre Joseph Comblin.
O texto é de Estêvão Bertoni e publicado no jornal Folha de S. Paulo, 30-03-2011.
Belga que por aqui adotou o nome de José, ele era um homem tímido. Dez anos antes da campanha, chegara a Campinas (SP), já doutor em teologia, para dar aulas.
Na década de 60, passou pelo Chile e voltou em 1965, a convite de dom Hélder Câmara, arcebispo de Olinda e Recife, para ser seu assessor.
Como lembra o padre José Oscar Beozzo, teólogo e historiador, padre Comblin era bem radical em suas críticas. Em 1968, ele redigiu um documento sobre a situação da América Latina. O texto, interno, acabou vazando.
Comblin, um dos mais destacados nomes da Teologia da Libertação, foi considerado subversivo, mas permaneceu no país. Até 1971.
Naquele ano, ao voltar de uma aula dada na Bélgica, foi barrado e expulso. Exilou-se no Chile, de onde teve de sair com a ascensão de Pinochet. No Equador, trabalhou com indígenas e traduziu a Bíblia para o quíchua. Voltou definitivamente nos anos 80.
Autor, entre outros, de "A Ideologia da Segurança Nacional" e "Teologia da Enxada", trabalhou com camponeses na Paraíba, pondo em prática a ideia de que a formação teológica não deveria separar a pessoa do trabalho.
No fim de 2010, o Estado, enfim, suspendeu simbolicamente a ordem de expulsão.
Ele vivia em Barra (BA). Morreu no domingo, aos 88, de infarto. Pediu para ser enterrado na Paraíba, ao lado do padre Ibiapina, cuja atuação ele considerava modelo.


FONTE:http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=41895

domingo, 27 de março de 2011

MORRE O TEÓLOGO JOSÉ COMBLIN



É com imensa tristeza que a Igreja do Brasil e da América Latina se despede do grande teólogo José Comblin. Ele morreu na manhã deste domingo no interior da Bahia onde assessorava grupos de base. Tinha 88 anos.
Segundo padre José Oscar Beozzo, padre Comblin levantou-se cedo, tomou banho, aprontou-se, mas não apareceu para a oração da manhã. Procuram-no e o encontraram-no sentado no quarto e já morto.
“Perdemos um mestre e um guia inquieto e exigente como os velhos profetas, denunciando sempre nossas incoerências na fidelidade aos preferidos de Deus: o pobre, o órfão, a viúva, o estrangeiro. Trabalhou por uma Igreja profética a serviço destes últimos nas nossas sociedades”, lamenta padre Beozzo.
Padre Comblin morava, atualmente, em Barra, na Bahia. “Comblin dedicou praticamente toda sua vida ao povo e à Igreja da América Latina, no Brasil, no Chile e no Equador e em centenas de assessorias por todos os países”, recorda padre Beozzo.


FONTE: CNBB.

quarta-feira, 23 de março de 2011

PADRE BENEDITO ARAÚJO É ELEITO BISPO COADJUTOR DA DIOCESE DE GUAJARÁ - MIRIM


A santa Sé anunciou na manhã desta quarta feira, 23/03/2011, a nomeação de mais um bispo maranhense. Foi nomeado bispo Coadjutor da diocese de Guajará-Mirim o padre Benedito Araújo.

Eis a notícia do sítio do Vaticano.

NOMEAÇÃO DE núncio apostólico na Indonésia
O Santo Padre Bento XVI nomeou Núncio Apostólico Dom Antonio Guido Indonésia SE Rev.ma Filipazzi, Arcebispo Titular de Sutri.

Nomeação do Bispo Coadjutor de Guajará-Mirim (Brasil)
O Santo Padre nomeou Bispo Coadjutor da Diocese de Guajará-Mirim (Brasil) Rev.do Sac. Benedito Araújo, do clero da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, até agora pároco de Nossa Senhora de Nazaré em São Luís.

Rev.do Sac. Araujo Benedito
O Rev.do Sac. Benedito Araújo nasceu 21 de novembro de 1963, em Paço do Lumiar, Arquidiocese de São Luís do Maranhão, no nordeste do Brasil. Após o ensino fundamental e secundário, frequentou a Faculdade de Filosofia e Teologia em São Luís, no IESMA - Instituto de Ensino Superior do Maranhão . Além disso, ele obteve a licenciatura em ecumenismo na Pontifícia Universidade Antonianum facultas Theologiae, em Veneza - Itália. Ele foi ordenado sacerdote 17 de novembro de 1991.
No decurso do seu ministério sacerdotal ocupou os seguintes cargos: Reitor do Seminário Menor da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, Reitor do-seminário diocesano Inter, Promotor das Vocações da Arquidiocese de São Luís do Maranhão e do Regional Nordeste 5 da brasileira Episcopal Conferência , Pastor Paróquia da Sagrada Família, São Luís, Administrador Paroquial da Paróquia Divino Espírito Santo, Coordenador da Pastoral Arquidiocesana Care, Pároco de Nossa Senhora de Nazaré , o professor de Ecumenismo no IESMA - Instituto de Ensino Superior do Maranhão , e membro dos Sacerdotes do Conselho, Colégio de Consultores e equipe para a formação permanente da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.

Disponível em: http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/27079.php?index=27079&lang=it

sexta-feira, 18 de março de 2011

SEMINARISTAS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS

A Arquidiocese de São Luis do Maranhão tem atualmente em seus seminários - Teologia e Filosofia e propedêutico - 15 seminaristas.
Sendo que, sete são estudantes de Teologia, três estudantes de Filosofia e cinco propedeutas.

Eis a lista com nome e foto:

ESTUDANTES DE TEOLOGIA

Marcos Rocha - Primeiro ano de Teologia


Ayrton Pinheiro - Segundo ano de Teologia


André Luis - Terceiro ano de Teologia


Ayrton Pinheiro, André Luis, Marcos Rocha


João Dias - Terceiro ano de Teologia


Ayrton Pinheiro, Marcos Rocha, André Luis e João Dias


Irailson Dias - Quarto ano de Teologia


Luís Macêdo - Quarto ano de Teologia


Irailson e Luis Macêdo


Marcos André - Estudante por disciplina


Seminaristas da Arquidiocese de São Luis com o novo bispo auxiliar dom José Carlos


ESTUDANTES DE FILOSOFIA

James - 1º ano de Filosofia


Danilo - 1º ano de Filosofia


Luis - 3º ano de Filosofia


Antonio Junior - 3º ano de Filosofia


TURMA DO PROPEDÊUTICO















Dom José Belisário da Silva Ofm - Arcebispo da Arquidiocese de São Luis do Maranhão


Pe. Orlando Ramos - Reitor da casa de Teologia


Pe. Antonio José - Reitor do Seminário de Filosofia

segunda-feira, 14 de março de 2011

ABERTURA DA CF 2011 E ACOLHIDA AO BISPO AUXILIAR



Na tarde do último sábado, 12 de Março, a Arquidiocese de São Luis lançou no ginásio Castelinho a Campanha da Fraternidade 2011 cujo tema: Fraternidade e a Vida no Planeta e o Lema: “A Criação geme em dores de parto” (Rm 8,22). Na ocasião, deu-se a acolhida do novo bispo auxiliar, dom José Carlos Chacorowski. O evento contou com a presença dos bispos do Regional NE 5 da CNBB, padres, diáconos, religiosos, seminaristas e o povo de Deus da Arquidiocese de São Luis e foi presidido pelo arcebispo metropolitano dom José Belizário da Silva Ofm.

O evento contou com a presença de autoridades civis, sendo transmitida simultaneamente pelos veículos de comunicação da arquidiocese – rádio, TV e internet.
Na solenidade de abertura da Campanha da Fraternidade 2011, o arcebispo metropolitano dom José Belizário da Silva Ofm que falou sobre os objetivos da Campanha da Fraternidade 2011, enfatizando a importância do tema para a Igreja e a sociedade, incentivando e encorajando a todos a participarem e se envolverem com as propostas da Campanha da Fraternidade 2011.
Na ocasião, também discursou o professor Alberto Barbeta, mestre em serviço social, psicólogo e ambientalista, destacando, dentre outras coisas, a necessidade de despertar para uma consciência planetária diante dos atuais acontecimentos.
Padre Robério, pároco da paróquia São José do Periá – Humberto de Campos – explanou a fundamentação teológica da Campanha. Partindo do relato da criação (Gn 1,1ss), ele enfatizou que devemos cuidar e preservar a criação para que continue sendo uma bênção para todos que vivem no planeta.
Após esta solenidade, deu-se início a celebração Eucarística de acolhimento de dom José Carlos e agradecimento pelos anos de dedicação e disponibilidade de dom Geraldo, bispo auxiliar emérito da Arquidiocese.

Dom Gilberto Pestana de Oliveira, bispo da diocese de Imperatriz e presidente do Regional NE 5, deu as boas vindas ao novo bispo auxiliar e agradeceu a dom Geraldo pela disponibilidade e serviços prestados na Arquidiocese de São Luis do Maranhão.

domingo, 13 de março de 2011

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA



“Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes” (cf. Cl 2, 12).

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).
1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo, quando, “tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo” iniciou para nós “a aventura jubilosa e exaltante do discípulo” (Homilia na Festa do Batismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010).
São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O fato que na maioria dos casos o Batismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo», é comunicada gratuitamente ao homem.
O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa “conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos” (Fl 3, 10- 11). O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.
Um vínculo particular liga o Batismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos batismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De fato, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Batismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8,).
Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Batismo como um ato decisivo para toda a sua existência.
2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.
O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição dos homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é ativo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.
O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5).
É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor. O pedido de Jesus à Samaritana: “Dá-Me de beber” (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da “água a jorrar para a vida eterna” (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos “verdadeiros adoradores” capazes de rezar ao Pai “em espírito e verdade” (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, “enquanto não repousar em Deus”, segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.
O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: ”Tu crês no Filho do Homem?”. “Creio, Senhor” (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como “filho da luz”.
Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: “Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?” (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: “Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27).
A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência:
Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança. O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos “da água e do Espírito Santo”, e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.
3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a “terra”, que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a “palavra da Cruz” manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus cáritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).
No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida.
Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.
Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de fato, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que “as suas palavras não passarão” (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele “que ninguém nos poderá tirar” (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.
Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.
Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010
BENEDICTUS PP XVI
Fonte: CNBB

quinta-feira, 10 de março de 2011

RETIRO NO PERÍODO DE CARNAVAL NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA DO MUNIM


Centenas de jovens se reuniram nos dias 04 a 09 de Março na comunidade de São Benedito, paróquia Nossa Senhora Aparecida do Munim para o tradicional retiro paroquial envolvendo outras paróquias da Forania São Benedito. Ele tem o objetivo de reunir crianças, jovens e adultos para um momento de encontro, reflexão da palavra de Deus e diversos temas voltados para a juventude.

Nesses eles tiveram o auxílio da irmã Lucila da congregação de São José e São Jacinto, residente atualmente na paróquia Santa Rita de Cássia. Durante esses dias, a irmã Lucila falou sobre diversos temas com a juventude, dentre eles, a Campanha da Fraternidade 2011.


Ao longo do retiro, aconteceram diversas celebrações da Eucaristia presidida pelos padres da Forania São Benedito e outros padres que por ali passaram.



Este ano foi um ano especial, pois o retiro completou seus vinte anos de caminhada.
Por tudo isso, vamos pedir ao Senhor que ilumine sempre mais os nossos padres e ministros que por ali passaram para viverem e celebrarem juntos esse momento especial na vida de tantos jovens.

COLETIVA DE IMPRENSA DA CF 2011



A Campanha da Fraternidade deste ano de 2011, aborda a questão do aquecimento global e das mudanças climáticas. A Igreja já abordou a questão do meio ambiente em outras campanhas como a de 2000 (Índios - Por uma terra sem males), 2004 (Água - Água, fonte de vida) e 2007 ( Amazônia - Vida e missão neste chão). E para este ano de 2011, a Igreja vai tratar mais uma vez a questão ambiental, tendo como tema: Fraternidade e a vida no planeta" e Lema: " A criação geme em dores de parto".


(Pe. Edvaldo Teixeira - pároco solidário do Santuário São José de Ribamar)

A conteceu no dia 09 de março de 2011 às 10h, na Sala Dom Geraldo Dantas de Andrade na Cúria Metropolitana, localizada a Av. Dom Pedro II,s/n - Centro, a Coletiva de Imprensa da Campanha da Fraternidade 2011, que tem como Tema: Fraternidade e a vida no Planeta e Lema: " A criação geme em dores de parto", organizada pela Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Pe. Edvaldo Teixeira deu início a Coletiva saudando a todos com as Boas vindas! E para explanação do tema e do lema da CF 2011, foram convidados para a composição da mesa: Dom José Belisário da Silva -Arcebispo Metropolitano, Dom José Carlos Chacorowski - Atual Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Luís do MA, Pe. José Adalberto Vanzella - Secretário do Regional Nordeste 5 -CNBB e o Dr. José Guilherme Zagallo -OAB-MA.



Estiveram presentes os demais convidados: veículos de Comunicação da Arquidiocese de São Luís - Tv Nazaré e Rádio Educadora e imprensa local: TV Difusora, Jornal O Estado do Maranhão, TV Cidade e TV Mirante. Marcaram presença também alguns Coordenadores Arquidiocesanos de Pastorais, Movimentos e Comissões.


Disponível em: www.arquidiocesedesãoluis.com.br

quarta-feira, 9 de março de 2011

REBANHÃO 2011



Milhares de pessoas participaram do Rebanhão que aconteceu nos dias 06, 07 e 08 de Março no Ginásio Castelinho.


Foram dias de muito louvor com Missas e Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Este ano teve como tema: Animados por tua Palavra, lançaremos as redes” Lc 5,5 e como lema: “E nós viremos a ele e nele faremos morada” (João 14,23b).

Estes dias foram assessorados pela irmã Rejane dos Santos e Markão.


A celebração de encerramento aconteceu dia 08 às 17:00Hs presidida pelo Arcebispo dom José Belizário da Silva Ofm e concelebrada por diversos padres da Arquidiocese de São Luis do Maranhão.

terça-feira, 8 de março de 2011

RETIRO DOS SEMINARISTAS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS II



Aconteceu nos dias 04, 05 e 06 de Março o Retiro dos Seminaristas da Arquidiocese de São, sob a orientação do padre Ivanildo Barros, que nos falou sobre Conversão, Seguimento e Vida nova em Cristo. O retiro foi um tempo de graça e reavivamento da vocação para todos os seminaristas.

Durante os três dias de retiro, espiritualidade e convivência, os jovens seminaristas das turmas do Propedêutico, Filosofia e Teologia refletiram sobre a parábola do Filho Pródigo (Lc 15,11-24). Nas palestras ministradas pelo orientador motivou os seminaristas, antes de tudo, ao retorno às fontes, isto é, ao amor primeiro: o que motivou a entrada no seminário e o que motiva a estadia até o presente momento. Por isso, rezou-se de forma especial, pelas pessoas que motivaram e motivam os jovens vocacionados a permanecerem no seminário almejando o presbiterato.

Portanto, esses dias foram para os seminaristas da Arquidiocese de São Luis um tempo de graça no qual o Senhor os falou ao coração, seja através das palestras, seja através das orações e meditações pessoais, mas foi também um tempo de rever a caminhada – para aqueles que estão terminando esta etapa de formação – e um impulso – para aqueles que agora começam para permanecerem firmes neste bom propósito de servir a Cristo e aos irmãos e irmãs.

Possamos, pois, pedir ao Senhor da Messe que ilumine sempre mais o padre Ivanildo para que ele continue sempre mais sendo luz para aqueles que procuram orientação com ele, e que ele sendo luz possa refletir a Luz verdadeira, Cristo Senhor Nosso, através de suas palavras e ações. E a todos os seminaristas peçamos força, coragem e perseverança.

sexta-feira, 4 de março de 2011

RETIRO DOS SEMINARISTAS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS



Nós seminaristas da Arquidiocese de São Luis estaremos em retiro nos dias 04, 05 e 06 de Março de 2001 e teremos como pregador o pe. Ivanildo Barros da paróquia do Parque Timbiras.


Nessa ocasião, tanto os da filosofia e propedêutico quanto os da teologia se reunirão em clima de oração e contemplação, rezando e pedindo tanto por eles, por suas vocações, quanto por aqueles que estarão se divertindo no carnaval.

E o que pedimos é que o povo de Deus rezem também por nós nesse momento de íntima relação com o Pai, para assim fazermos bem esse momento.

quinta-feira, 3 de março de 2011

REBANHÃO 2011


A Arquidiocese de São Luis realiza o 19º REBANHÃO.
O evento acontece nos dias 06 08 de Março das 08 às 19Hs no Ginásio Castelinho.
Este ano terá como Tema: Animados por tua Palavra, lançaremos as redes” Lc 5,5
e como Lema: “E nós viremos a ele e nele faremos morada” (João 14,23b).
Terá como pregadores a irmã Rejane dos Santos e Markão

Segue, portanto, a programação do Evento:

DOMINGO – DIA 06/ 03/2010
07:30 TERÇO
08:00 LOUVOR DE ABERTURA
08:30 ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO – Condução – Pe Heitor
09:30 1ª PREGAÇÃO: Pregador –Ir. Rejane.
TEMA: “És meu”. (Amor de Deus).
10:30 AVISOS/ INTERVALO
11:10 2ª PREGAÇÃO: Pregador:Gleyvison
TEMA: Salvação.
12:10 AVISOS
12:20 ALMOÇO
13:30 APRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DAS ARTES.
15:00 3ª PREGAÇÃO: Pregador:Ir. Rejane
TEMA: FÉ
16:00 AVISOS / INTERVALO
17:00 CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA – Pe Francisco.

SEGUNDA-FEIRA – DIA 07/03/2011
07:30 TERÇO
08:00 ORAÇÃO DA MANHÃ
08:30 ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO – Condução – Diácono Raimundo.
09:30 4ª PREGAÇÃO: Pregador -Markão
TEMA: Conversão.
10:30 AVISOS/ INTERVALO
11:10 5ª PREGAÇÃO: Pregador: Camelo.
TEMA: Cura Interior.
12:10 ALMOÇO
13:30 APRESENTAÇÃO MINISTÉRIO DAS ARTES.
15:00 Camelo – RCC em Missão – Nossos projetos.
16:00 AVISOS/ INTERVALO
17:00 CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA – Pe. Antonio.

TERÇA-FEIRA – DIA 08/03/2011
07:30 TERÇO
08:00 ORAÇÃO DA MANHÃ
08:30 ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO – PE. FÉLIX INGLÊS
09:30 6ª PREGAÇÃO: Pregador: Ir. Rejane
TEMA: MARIA, MODELO DE MULHER
10:30 AVISOS/ INTERVALO
11:10 7ª PREGAÇÃO: Pregador: Markão
TEMA: “E nós viremos a ele e nele faremos morada”
12:10 AVISOS
12:20 ALMOÇO
13:30 APRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO DAS ARTES
15:00 8ª PREGAÇÃO: Pregador: João Luiz – Pregação do Tema
TEMA: Animados por tua Palavra, lançaremos as redes.
16:00 AVISOS/ INTERVALO
17:00 CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA – Dom Belizário.

quarta-feira, 2 de março de 2011

ARQUIDIOCESE DE SÃO LUÍS SE PREPARA PARA RECEBER SEU NOVO BISPO AUXILIAR


A Arquidiocese de São Luis do Maranhão se prepara para receber o seu novo bispo auxiliar Dom José Carlos Chacorowski, que acontecerá no próximo dia 12 de Março.

Segue o convite postado no site da Arquidiocese:

A Arquidiocese de São Luís do Maranhão
e Dom José Belisário da Silva, Arcebispo Metropolitano,
convidam para Celebração Eucarística onde será acolhido
sua Excelência Reverendíssima Dom José Carlos Chacorowski,
Bispo Auxiliar de São Luís.
Local: Ginásio Georgeana Pflueger (Castelinho)
Data: 12 de março de 2011
Horário: 16h
R.S.V.P.: (98) 3313-4160
até o dia 11 de março às 12h