Neste terceiro Domingo da Quaresma, dando prosseguimento às atividades do Ano Jubilar dos 400 anos de São Luís, nossa Arquidiocese celebra o “Domingo do perdão”. Numa atitude de humildade e de coragem queremos fazer um pedido de perdão a todas as gerações dos habitantes nativos da Ilha de UPaon Açú e de todo o Maranhão.
A começar pelas comunidades indígenas que receberam os primeiros colonizadores e os primeiros missionários. Pedimos perdão por não termos entendido que eles não eram selvagens. Por não termos percebido que eles eram um povo com longa história e tradição e donos de todas essas terras. Que eles tinham uma cultura e que guardavam a herança dos seus ancestrais. Que tinham aprendido a amar a terra, o ar e as águas, guardando toda forma de vida e com o devido respeito a Tupã seu Deus.
Chegaram os colonizadores em nome do reino terreno, também chegaram os missionários em nome do Reino de Deus e impuseram uma nova maneira de pensar e de olhar para a realidade, a religião e a vida em sociedade.
Mais tarde chegaram também os filhos da “Mãe África” que brutalmente arrancados de seu mundo secular foram transplantados sem nenhuma escolha, nas terras de Santa Cruz, e de modo significativo nas terras do Maranhão. Também eles foram objeto de tantos desmandos, falta de consideração e respeito.
No entanto índios, negros e brancos de boa vontade miscigenados ao longo da aventura humana de 400 anos de história, formam a São Luís e o Maranhão dos nossos dias.
Tupã, Oxalá, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, Deus de nossos pais, perdoa nossa fraqueza, nossa mesquinhez, nossa visão míope do mundo e da história em nome de nossos antepassados. Permita que nós hoje, filhos desta caminhada plurissecular não repitamos nunca mais os mesmos erros. Conceda-nos a paz e a prosperidade através da fraternidade e da solidariedade entre todos. Amém.
A começar pelas comunidades indígenas que receberam os primeiros colonizadores e os primeiros missionários. Pedimos perdão por não termos entendido que eles não eram selvagens. Por não termos percebido que eles eram um povo com longa história e tradição e donos de todas essas terras. Que eles tinham uma cultura e que guardavam a herança dos seus ancestrais. Que tinham aprendido a amar a terra, o ar e as águas, guardando toda forma de vida e com o devido respeito a Tupã seu Deus.
Chegaram os colonizadores em nome do reino terreno, também chegaram os missionários em nome do Reino de Deus e impuseram uma nova maneira de pensar e de olhar para a realidade, a religião e a vida em sociedade.
Mais tarde chegaram também os filhos da “Mãe África” que brutalmente arrancados de seu mundo secular foram transplantados sem nenhuma escolha, nas terras de Santa Cruz, e de modo significativo nas terras do Maranhão. Também eles foram objeto de tantos desmandos, falta de consideração e respeito.
No entanto índios, negros e brancos de boa vontade miscigenados ao longo da aventura humana de 400 anos de história, formam a São Luís e o Maranhão dos nossos dias.
Tupã, Oxalá, Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó, Deus de nossos pais, perdoa nossa fraqueza, nossa mesquinhez, nossa visão míope do mundo e da história em nome de nossos antepassados. Permita que nós hoje, filhos desta caminhada plurissecular não repitamos nunca mais os mesmos erros. Conceda-nos a paz e a prosperidade através da fraternidade e da solidariedade entre todos. Amém.
Dom José Carlos
COMO PROPOSTA, A ARQUIDIOCESE DE SÃO LUIS DISPONIBILIZA UM ROTEIRO DE PEDIDO DE PERDÃO PARA AS CELEBRAÇÕES NESTE 3º DOMINGO DA QUARESMA.
“Neste 3º Domingo da Quaresma, dando prosseguimento às atividade do Ano Jubilar dos 400 anos de São Luís, nossa Arquidiocese celebra o Domingo do “ perdão”. Numa atitude de humildade e de coragem queremos fazer um pedido de perdão, a todas as gerações dos habitantes nativos da Ilha de Upaon Açú e de todo o Maranhão. (CHACOROWSKI IN “PERDÃO SENHOR” : disponível em www.arquidiocesedesaoluis.com.br . Palavra do Bispo Auxiliar, 2012).
A Igreja de São Luís tem muito que agradecer pelas bênçãos e frutos que ao longo desses 400 anos recebeu das mãos de Deus. Porém também pede perdão pela nossa ausência e falta de apoio para com os excluídos, empobrecidos e pelo não profetismo em nossa missão. Por isso:
- Pelo sofrimento, massacre, exclusão, preconceito, exploração causadas às Nações Indígenas (Kricati, Canela, Kaiapó, Urubu, Guajajara...) que sofre até hoje clamando por justiça, terra e dignidade, te pedimos perdão.
Canto: Senhor, Senhor, piedade de nós!
- Os Missionários religiosos vieram de suas terras com o objetivo de evangelizar, catequizar e educar. Os Jesuítas sofreram incompreensão por parte dos nativos e também das autoridades. Foram martirizados e expulsos deste solo.
Pela não acolhida, pela não aceitação da missão, Cristo, te pedimos perdão...
Canto: Cristo Jesus piedade de nós!
- Nossos antepassados afro foram arrancados de suas pátrias, de suas famílias, foram escravizados, proibidos de viverem sua cultura, costumes e religião. Hoje seus descendentes trazem essa marca de preconceito e exclusão social que lhe impedem de assumir sua identidade e suas raízes.
Pela falta de justiça, paz, igualdade e fraternidade com nossos irmãos, Senhor te pedimos perdão...
Canto: Senhor, Senhor, piedade de nós!
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