Seguidores

sexta-feira, 27 de abril de 2012

4º DOMINGO DA PÁSCOA: O BOM PASTOR


O desejo de Jesus de entrar em comunhão com as suas ovelhas tem um alcance universal. Seu amor cuidadoso de pastor se estende a todos os homens, sem distinção de raça, de nação, nem mesmo de religião.
A reflexão a seguir é de Raymond Gravel, sacerdote de Quebec, Canadá, publicada no sítio Culture et Foi, comentando as leituras do 4º Domingo de Páscoa (29 de abril de 2012). A tradução é de Susana Rocca.
Eis o texto.

Referências bíblicas:2ª leitura: 1 Jn 3,1-2
Evangelho: Jo 10,11-18
O 4º Domingo de Páscoa é, em cada um dos três anos litúrgicos, o domingo do Bom Pastor, do Belo Pastor, o domingo das vocações e, neste ano, nós lembramos a festa dos trabalhadores. A cada ano, neste domingo do Bom Pastor, nós temos um extrato de João 10 que nos apresenta, imediatamente após o narrativa do cego de nascimento (Jo 9), um ensinamento sobre o vínculo estreito que existe entre o pastor e as suas ovelhas, Cristo e nós, os seres humanos. Mas, atenção! A imagem do Bom Pastor não é uma pessoa doce, ingênua. É bem o contrário: o Bom Pastor é aquele que acompanha as suas ovelhas, que não teme o perigo que, às vezes, as ameaça e que dá a sua vida por elas. Além disso, as ovelhas são valorizadas pelo evangelista: elas não são todas iguais; elas são únicas e todas elas têm a sua dignidade, de maneira que o Belo Pastor está pronto para se sacrificar e procurar àquela que se perdeu.
Para entender melhor a Palavra de hoje e para fazer que ela se torne Palavra de Deus, precisamos nos abstrair da imagem negativa que nós temos do rebanho e das ovelhas, por causa de alguns comportamentos não muito evangélicos de certos dirigentes de Igreja que foram e que são ainda mais mercenários que os pastores de ovelhas. Foi o que deu aquele famoso paradoxo, comparando os fiéis simples na Igreja às ovelhas da Candelária, que em outros tempos o Papa abençoava no dia 2 de fevereiro e cuja lã servia para a fabricação do pálio que levam os bispos: “As abençoamos e as tosquiamos”. Porém, a imagem do pastor e o seu rebanho é ainda mais interessante para nós hoje; ela emerge das mensagens importantes que valorizam não somente os pastores, mas também as ovelhas das quais eles cuidam.
1. O Amor tem um nome: Bom Pastor ou Belo Pastor. No evangelho de hoje apresentando-se como o Bom, o Belo Pastor, o Cristo do evangelho de João dá um nome ao Amor: a doação da sua vida. Com efeito, há um vínculo estreito entre vocação e vida: ser chamado é doar a sua vida e dar a vida. É o que Jesus fez por nós e é o que nós devemos fazer pelas outras pessoas. Não é precisamente o sentido mesmo do mandamento do Amor?: “Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros” (Jo 13,34; 15,12). E como não há nada maior que aquele que dá a vida pelos que ele ama (Jo 15,13), não há nada mais belo que “dar a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11), daí o título de Belo Pastor dado ao Cristo da Páscoa.
É a essa vocação que todos e todas nós somos chamados/as hoje, como cristãos, como discípulos de Cristo: “Se vocês tiverem amor uns para com os outros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (Jo 13,35). A vocação não está reservada aos ministros ordenados; ela se dirige a todo o mundo... Nós somos todos e todas convidados/as a sermos bom pastor, belo pastor para os outros, no seguimento de Cristo. O teólogo Henri Denisdizia: “Não se termina nunca. Podemos dizer e redizer: o domingo das vocações continuará a ser ainda neste ano a vocação dos padres, dos religiosos e das religiosas. Esperemos que essa palavra seja finalmente também dada para todos os cristãos, para todos os cristãos da terra”. E mais ainda! Henri Denis acrescentava: “Há tantas vocações quanto seres humanos sobre o planeta, pois Deus chama sempre, a todos e a cada um. Por que excluir dessa vocação aqueles que responderam de maneiras tão diversas: Sócrates, Buda, Maomé, Confúcio, até os livres pensadores mortos pela liberdade de suas consciências?” Não é por nada que o evangelho diz precisamente: “Tenho também outras ovelhas (diz Jesus), que não são deste curral. Também a elas eu devo conduzir; elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,16).
2. O pastor mercenário: Quem é ele? A narrativa da parábola do Bom Pastor que é proposta a nós, hoje, denuncia uma atitude que encontramos, infelizmente, ainda bastante na nossa Igreja: a atitude dos fariseus que, no capítulo anterior, eles excomungam o cego de nascença; eles o perseguem, o julgam, o rejeitam, o condenam e o excluem porque ele recobrou a vista pelo seu encontro com o Ressuscitado. Como o evangelho de João foi escrito perto dos 70 anos após a morte de Jesus, esses fariseus são, sem dúvida, os dirigentes da Igreja do fim do século primeiro, que se instalaram bem nos seus lugares de poder e que o exercem de maneira autoritária e cruel sobre aqueles e aquelas que escapam do seu poder porque acreditam realmente no Cristo da Páscoa. Essas ovelhas ficam abandonadas a elas mesmas; o que é contrário ao evangelho. Cristo, o Bom Pastor, levanta, cura, alimenta e reúne todas as ovelhas de todos os rebanhos para que não haja mais do que “um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,16).
Mas, o que acontece com os nossos pastores hoje? Com o pretexto de salvaguardar a unidade da Igreja e a pureza da doutrina, eles não deixam de dividir, de condenar e de excluir as ovelhas que saem do redil, mas que continuam a ouvir e a escutar a voz do Cristo do evangelho. O teólogo francês Michel Hubaut escreve: “Na Igreja, o Bom Pastor tem uma missão universal. A Igreja de Cristo não está mais ligada a um espaço cultural fechado ou a uma estrutura, mas a uma Presença, aquela do Bom Pastor glorificado que mantém, sozinho, a unidade do rebanho. Nos nossos esforços de unidade, não deveríamos esquecer jamais que o objetivo não é o curral de uma ou outra confissão cristã, mas a escuta da Voz do único Pastor que chama a cada pessoa pelo seu nome”. Fica a nós de garantir a presença do Ressuscitado emprestando-lhe a nossa voz para dizer a todas as ovelhas de todos os apriscos que elas são únicas e amadas incondicionalmente pelo Cristo da Páscoa.
3. A unidade no Amor: um só rebanho, um só Pastor. O que une o Cristo a Deus seu Pai é o Amor: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo” (Jo 10,17). E, na segunda leitura de hoje, o autor da primeira carta de São João acrescenta: “Vejam que prova de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus. E nós de fato o somos” (1 Jo 3,1). E o amor que nos une a Deus e que nos torna seus filhos nos faz semelhantes a Cristo Ressuscitado: “Amados, desde agora já somos filhos de Deus, embora ainda não se tenha tornado claro oque vamos ser. Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque nós o veremos como ele é” (1 Jo 3,2).
Não se trata, então, de sermos todos iguais, como as ovelhas, uniformes e submissos aos dirigentes de nossa Igreja. Não estamos chamados à uniformidade, mas sim a unidade. Michel Hubaut escreve: “A Igreja não é um rebanho gregário, mas uma comum-união com o Bom Pastor para quem cada crente é uma ovelha única que ele chama pelo seu nome... O desejo de Jesus de entrar em comunhão com as suas ovelhas tem um alcance universal. Seu amor cuidadoso de pastor se estende a todos os homens, sem distinção de raça, de nação, nem mesmo de religião. Portanto, há ovelhas prestes a escutar a sua voz e a segui-lo. Ele quer levar cada um à vida eterna. O único aprisco que não exclui ninguém não é um lugar mas uma vida, a vida do Pai”.
Concluindo, nós somos então todos e todas chamados/as a nos tornarmos bons pastores à imagem do Bom Pastor, o Cristo Ressuscitado. Não esqueçamos sobre tudo que nós somos ovelhas e que aquelas que nós encontramos pertencem a Cristo, o único verdadeiro Pastor. Quanto ao papel do Papa, dos bispos e dos padres na Igreja Católica, eles têm um papel de servidores e eles devem exercê-lo com todas as ovelhas que pertencem a Cristo. Santo Agostinho, no século IV, escrevia: “Jesus diz a Pedro: Apascenta as minhas ovelhas, e não as tuas ovelhas: apascenta-as como minhas e não tuas”. E ele acrescentava: “Para vocês eu sou o bispo, e esse é o nome de um cargo, mas com vocês eu sou cristão, e esse é o nome de uma graça”.
Disponível em:

quarta-feira, 25 de abril de 2012

II SIMPÓSIO SOBRE A FORMAÇÃO DOS PRESBÍTEROS DO MARANHÃO


No horizonte da formação dos presbíteros fez-se necessário iluminar cada ano. São luzes próprias de cada etapa. O itinerário formativo tem suas conquistas. Vitórias e crescimento que vamos observando na atitude de discípulos que querem se tornar missionários.

O seminarista, o escolhido de Deus vai crescendo, vai se formando adquirindo cada vez mais maturidade, equilíbrio e harmonia nas Cinco Dimensões da Formação: Humano-afetiva; Comunitária; Espiritual; Pastoral-missionária e Intelectual. Estas dimensões são essenciais para o presbítero bom pastor_ discípulo missionário. A vivência delas existencialmente a cada ano dar acesso ao grande ideal do formando: ser presbítero, totalmente consagrado ao Senhor e ao Reino.
A OSIB do Regional Nordeste 5, quer acolher a todos que DEUS chamou “à mais bela das vocações”, como dizia o santo Cura D’Ars. Por isso contempla da “Promoção Vocacional à Formação Permanente”. E agora fixemos o nosso olhar em Jesus o grande formador, ele que gradativamente foi esclarecendo, iluminando e aquecendo as mentes e os corações dos discípulos para a missão.
O Projeto é do Pai e para o Pai o qual se realiza na vida do formando, por isso é muito nobre. E o que faltar em literatura se completa na vida. Estas são diretrizes, pistas, orientações. Podemos ir além, porém, o essencial é comum a todos.

Pe. José Ribamar Cavalcante Lima
Presidente da OSIB – Reg. Nordeste 5.


terça-feira, 24 de abril de 2012

PROGRAMAÇÃO DO BOTE FÉ EM SÃO LUÍS.



Dia 27/04 – Sexta feira
10:00hs – Concentração no porto da Ponta da  Madeira  (Terminal do Ferry boat)
11:00hs – Chegada da cruz e do ícone de Nossa Senhora – recepção com as autoridades
12:00hs – Saída em carreata
13:00hs – Chegada na UFMA
15:00hs – Chegada na Catedral da Sé
17:30hs – Celebração Eucarística
19:00hs – Visitações
21:00hs – Recitação do Terço
22:00hs – Catequeses (Momentos de Reflexão dos movimentos e pastorais juvenis)
Dia 28/04 – Sábado
06:30 – Saída para Bacabeira: Missa, Palestra e Adoração Eucarística
12:00hs – Retorno de Bacabeira
14:00hs – Complexo penitenciário de Pedrinhas
16:00hs – Hospital Aldenora Bello
18:00hs – Chegada da Cruz da Juventude na Praça Maria Aragão
21:00hs – Homenagem a João Paulo II
21:30hs – Show com bandas locais
Shows a partir das 22:00hs
01:00hs – Carreata levando a cruz e o ícone para a Igreja São Miguel Arcanjo
06:00hs – Alvorada e queima de fogos
Dia 29/04 – Domingo
07:30hs – Carreata rumo à Igreja São João Batista – Recanto do Vinhais
8:00hs – Chegada à Igreja do Vinhais Velho
9:00hs – Missa campal
10:00hs – Inauguração do cruzeiro
10:30hs – Saída em direção a Avenida Litorânea
11:00hs – Carreata na Litorânea – BOTE FÉ NA VIDA
12:00hs – Concentração no Parquinho da Litorânea
12:30hs – Acolhida da cruz no comando Geral da Polícia Militar
13:00hs – Almoço
14:00hs – Carreata em direção a Igreja São Francisco
14:30 – Concentração em frente a Igreja São Francisco
15:00hs – Início da Peregrinação dos jovens dos jovens com a cruze o Ícone de Nossa Senhora em direção à Catedral Metropolitana
16:30hs – Chegada na Catedral e inauguração do busto do Papa João Paulo II
17:30hs – Santa Missa, Celebração do Envio – Domingo do Bom Pastor – Bênção Solene com a cruz e o ícone de Nossa Senhora
20:00hs – Vigília do domingo
Dia 30/04 – Segunda Feira
08:00hs – Saída da Catedral da Sé
09:00hs – Uniceuma – Campus I
11:00hs – Visita da cruz ao colégio Santa Teresa

14:00hs – Saída para o aeroporto São Luís/ Tocantins

sábado, 14 de abril de 2012

NOTA DA CNBB EM RELAÇÃO À LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou nesta sexta feira dia 13 de abril, uma nota em relação a decisão do Supremo Tribunal Federal no que diz respeito à legalização do aborto de fetos anencefálicos.
Eis a nota:

Nota da CNBB sobre o aborto de Feto “Anencefálico”
Referente ao julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB lamenta profundamente a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o aborto de feto com anencefalia ao julgar favorável a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54. Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.
Os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), referem-se tanto à mulher quanto aos fetos anencefálicos. Quando a vida não é respeitada, todos os outros direitos são menosprezados, e rompem-se as relações mais profundas.
Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!
A gestação de uma criança com anencefalia é um drama para a família, especialmente para a mãe. Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe.   Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção
Ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos. Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico. A participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas deve ser legitimamente assegurada também à Igreja.
A Páscoa de Jesus que comemora a vitória da vida sobre a morte, nos inspira a reafirmar com convicção que a vida humana é sagrada e sua dignidade inviolável.
Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, nos ajude em nossa missão de fazer ecoar a Palavra de Deus: “Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19).

                                                       Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
 
Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB



sexta-feira, 13 de abril de 2012

CNBB MANIFESTA POSIÇÃO CONTRÁRIA À DECISÃO DO STF EM RELAÇÃO AO ABORTO

Após dois dias de apreciação sobre a legalidade do aborto de fetos anencéfalos, o Supremo Tribunal Federal (STF), foi favorável à legalização do ato, também chamado de antecipação terapêutica do parto. Diante da decisão, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu uma nota lamentando o parecer, por considerar que tal prática é “descartar um ser humano frágil e indefeso".
De acordo com o documento expedido pela CNBB, apenas o Congresso Nacional pode legislar, com isso, não é atribuição do STF modificar a lei penal legalizando o aborto. “Com esta decisão, a Suprema Corte parece não ter levado em conta a prerrogativa do Congresso Nacional cuja responsabilidade última é legislar.”
Na nota, foram mencionados os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação, como reza o artigo 5° (caput; 1°, III e 3°, IV) da Constituição Federal. No entanto, para a maioria dos ministros – oito manifestações favoráveis e duas contra –, não há aborto no caso dos anencéfalos. Os magistrados entendem que não há vida em potencial, baseados na convicção que o feto anencéfalo é um natimorto biológico.
Entretanto, a CNBB tem posição contrária ao entendimento da corte. “Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não aceita exceções. Os fetos anencefálicos, como todos os seres inocentes e frágeis, não podem ser descartados e nem ter seus direitos fundamentais vilipendiados!”, afirma o documento.
Na conclusão da nota, a CNBB afirma que “ao defender o direito à vida dos anencefálicos, a Igreja se fundamenta numa visão antropológica do ser humano, baseando-se em argumentos teológicos éticos, científicos e jurídicos.” Tal juízo, dá subsídio ao princípio de que também é um dever da Igreja “a participação efetiva na defesa e na promoção da dignidade e liberdade humanas”, o que exclui argumentos que afirmam se tratar de intervenção da religião, no Estado laico.

JUBILEU DE PRATA DE PADRE OSVALDO MARINHO

"Tenho que gritar, tenho de arriscar! Ai de mim se não faço! Como escapar de ti, como calar se tua voz arde em meu peito!"
Aconteceu no dia 11 de abril no município de Presidente Juscelino, Paróquia Nossa Senhora da Saúde e Santo Antônio – Axixá e Presidente Juscelino – a comemoração do jubileu de prata de padre Osvaldo Marinho e contou com a presença dos presbíteros da Forania São Benedito, bem como outros presbíteros da arquidiocese, tais como: padre Jânio, padre Antonio José (oblato) e o padre Antônio de Pádua da diocese de Brejo e os dois diáconos temporários da arquidiocese de São Luis e todo o povo de Deus das paróquias: Morros e Cachoeira Grande, Rosário, Santa Rita, Humberto de Campos, Bacabeira, algumas pessoas de São Luis e os familiares de padre Osvaldo.


A celebração da Eucarística deu-se início por volta das 19:30hs. O comentário inicial relatou um pouco da história de padre Osvaldo e sua caminhada como presbítero em Santa Rita e na Paróquia Nossa Senhora da Saúde e Santo Antônio. Na homilia o padre Antônio de Pádua destacou a importância do ministério Presbiteral de padre Osvaldo, sobretudo em Santa Rita, momento em que ele teve de enfrentar muitas dificuldades devido a conflitos agrários. Destacou também que ele teve de enfrentar diversos processos judiciais e, algumas vezes, foi ameaçado de morte por fazendeiros da região, por defender o povo.


Após a comunhão, a senhora Almerinda da Paróquia de Santa Rita destacou a luta de padre Osvaldo enquanto padre recém ordenado e pároco de Santa Rita. Dona Almerinda finalizou seu depoimento cantando uma música que, segundo ela, marca toda a trajetória de padre Osvaldo: “Não, não vai. Esse trabalho aqui não parar. Não, não vai, esse trabalho aqui não vai cair. Jesus não vai deixar: esta é obra de meu Deus e a porta que ele abre, ninguém pode fechar!” 
Em seguida, a ex-deputada estadual Helena Heluy reforçou este depoimento afirmando que ele é um homem que luta em prol do povo e pelo povo, ligando a fé à vida.

Depois da celebração, deu-se prosseguimento as homenagens a padre Osvaldo, juntamente com um coquetel servido para todo o povo presente.


EIS ALGUMAS FOTOS DESSE MOMENTO IMPORTANTE NA VIDA DE PADRE OSVALDO.

















sábado, 7 de abril de 2012

CRER NO RESSUSCITADO: O MISTÉRIO DA ESPERANÇA

 Crer no Ressuscitado é resistirmos a aceitar que nossa vida é somente um pequeno parêntese entre dois grandes vazios. Apoiando-nos em Jesus Ressuscitado por Deus, intuímos, desejamos e cremos que Deus está conduzindo até a verdadeira plenitude o anseio de vida, de justiça e de paz que se encontra no coração da Humanidade e da criação inteira.
Crer no Ressuscitado é opor-nos com todas nossas forças a que essa imensa maioria de homens, mulheres e crianças que ao longo de sua vida tem conhecido somente a miséria, a humilhação e os sofrimentos,fiquem esquecidos para sempre.
Crer no Ressuscitado é confiar numa vida onde já não haverá pobreza nem dor, ninguém ficará triste e ninguém precisara chorar. Veremos assim aqueles que chegam a sua pátria verdadeira.
Crer no Ressuscitado é  nos aproximar com esperança a tantas pessoas sem saúde, aos enfermos crônicos, aos deficientes físicos e psíquicos, às pessoas arrasadas pela depressão, que estão cansadas de viver e de lutar. Um dia elas conhecerão o que significa viver em paz e com saúde total. Escutarão as palavras do Pai que lhes disse: “Entra para sempre na alegria do teu Senhor”.
Crer no Ressuscitado é não resignarmos a que nosso Deus seja para sempre um “Deus oculto” de quem não é possível conhecer sua mirada, sua ternura e seus abraços. Encontrar-lhe-emos encarnado para sempre com toda sua glória em Jesus.
Crer no Ressuscitado é confiar em que nossos esforços por um mundo mais humano e feliz não ficarão no vazio.Um dia bendito, os últimos serão os primeiros e as prostitutas nos precederão no Reino.

Crer no Ressuscitado é saber que todo o que ficou pela metade, o que não aconteceu, aquilo que nós temos estragado pelo nosso pecado, tudo isso atingira em Deus a sua plenitude. Nada daquilo que temos vivido no amor ou daquilo que temos renunciado por amor ficará no esquecimento.
Crer no Ressuscitado é esperar que as horas alegres e as experiências tristes, as pegadas que temos deixado nas pessoas e nas coisas, o que temos construído ou desfrutado generosamente, fique transfigurado. Já não conheceremos a amizade que acaba nem a despedida que nos deixa tristes. Deus será todo em todos.
Crer no Ressuscitado é acreditar que um dia escutaremos estas inacreditáveis palavras que o livro do Apocalipse coloca na boca de Deus: “Eu sou a origem e o fim de tudo...Aquele que tenha sede eu lhe darei grátis o manancial da água da vida”. Já não haverá morte nem pranto, nem gritos, nem fatigas porque todo isso terá passado.
Texto do teólogo espanhol: José Antonio Pagola.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

SEMANA SANTA - ALGUMAS INDICAÇÕES PARA AS CELEBRAÇÕES DO MISTÉRIO PASCAL

TRÍDUO PASCAL
I. Missa da Ceia do Senhor (Quinta-Feira Santa)
 Sentido: Com esta missa a Igreja começa o Tríduo Pascal e se esforça vivamente para renovar aquela última ceia, mediante a qual o Senhor Jesus ofereceu seu Corpo e seu Sangue a Deus Pai sob as espécies do pão e do vinho. Nesta ceia também Jesus institui o sacerdócio ministerial e dá a seus discípulos o mandamento novo do amor.
Preparar:
a)        No presbitério: todo o necessário para a missa; as âmbulas com hóstias para serem consagradas (é preciso lembrar que nesta missa se consagram as hóstias que serão distribuídas na Celebração da Paixão do Senhor – 6ª feira santa); véu umeral (ou de ombros); velas para procissão após a missa; matracas.
b)        No lugar do “lava-pés”: cadeiras para os homens designados; jarra com água e bacia; toalhas para secar os pés e o necessário para que o padre depois do “lava-pés” lave-se as mãos e o gremial para o sacerdote (espécie de avental para momentos determinados na liturgia).
Descrição do Rito:
A entrada na Igreja e a Liturgia da Palavra se desenvolvem como de costume.
Lembrando:
Ordem na procissão de entrada: o turiferário com o turíbulo fumegante; um acólito com a cruz; outros acólitos (pelo menos dois) ladeando a cruz com as velas; os outros ministros e o sacerdote.
Quando se chega ao altar, faz-se a reverência devida e depois do padre beijar o altar o turiferário oferece o turíbulo a ele para que incense o altar. Acabada a incensação todos tomam seus lugares e o ministro do livro apresenta o Missal para que o sacerdote inicie a Santa Missa.
Enquanto se canta o Glória tocam-se os sinos da Igreja (inclusive as sinetas) que se calarão até a Vigília Pascal. Segue-se normalmente a Missa até a homilia inclusive. Terminada esta, inicia-se o lavatório dos pés. O sacerdote deixa a casula, cinge-se com o gremial e se aproxima de cada homem, derrama água sobre seus pés e seca-os com a ajuda dos ministros, enquanto isso se cantam as antífonas apropriadas.
Depois do lavatório dos pés o sacerdote regressa à sede e lava as mãos e volta a colocar a casula. Em seguida faz a oração dos fiéis, já que nesta Missa não se diz o credo.
Desde a preparação dos dons até a Comunhão inclusive tudo se faz como de costume. Terminada a comunhão dos fiéis, deixa-se sobre o altar a(s) âmbula (s) com as hóstias e se diz a oração para depois da comunhão.
Dita esta oração e omitidos os ritos finais, o sacerdote de pé, diante do altar, põe incenso no turíbulo, abençoa-o e de joelhos incensa o Santíssimo Sacramento.
A seguir recebe o véu umeral, sobe ao altar, faz genuflexão, toma a âmbula com suas mãos cobertas com as extremidades do véu.
Organiza-se a procissão para levar o Santíssimo para o lugar preparado. Nessa procissão, a ordem é a seguinte: o ministro que leva a cruz vai à frente acompanhado dos acólitos que levam velas, a seguir o turiferário com o turíbulo fumegante; o sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento ladeado de velas. Ao chegar a procissão ao lugar preparado, o sacerdote coloca a âmbula sobre o altar ou no sacrário, cuja porta permanece aberta; e enquanto se canta oTantum ergo, o sacerdote ajoelhado incensa o Santíssimo Sacramento. Fecha-se a porta do sacrário. Depois de algum tempo de adoração silenciosa todos se levantam e, feita a genuflexão, voltam para a sacristia.
No devido momento se desnuda o altar, e se for possível, retiram-se as cruzes da Igreja (ou então sejam cobertas).
II. Celebração da Paixão do Senhor:
Sentido: Este é o dia em que “foi imolado o Cristo, nossa Páscoa” (I Cor 5,7). A Igreja, ao olhar a Cruz de seu Senhor e Esposo, comemora seu próprio nascimento e sua missão de estender a toda a Humanidade os efeitos fecundos da Paixão de Cristo, que hoje celebra, dando graças por tão inefável dom.
Esta celebração consta de três partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve estar descoberto por completo: sem cruz, sem velas e sem toalhas.
Preparar:
a)    Na sacristia: paramentos vermelhos.
b)    No lugar conveniente: Cruz (velada); dois candelabros.
c)    No presbitério: Missal, lecionário, toalha, corporal.
d)    No lugar onde fica o Santíssimo: véu umeral, dois candelabros.
Descrição dos Ritos:
1) Ritos Introdutórios:
O sacerdote juntamente com os ministros dirige-se para o altar em silêncio.
Chegados ao altar o sacerdote faz a reverência devida, prostra-se, ou se julgar conveniente, ajoelha-se nem genuflexório e ora em silêncio por alguns momentos. O povo permanece de joelhos.
A seguir o sacerdote, dirigindo-se à sede, com as mãos estendidas diz a oração prevista e logo se senta.
2) Liturgia da Palavra:
Procede-se às respectivas leituras. Na leitura da Paixão do Senhor, quando se anuncia a morte de Jesus todos se ajoelham e faz-se uma pausa. Terminada a leitura, não se beija o livro.
Homilia. Terminada a homilia o sacerdote, na sede ou junto ao altar, com as mãos estendidas dirige a oração universal como se propõe no Missal.
Os fiéis podem permanecer de pé ou de joelhos durante todo o tempo das orações.
3)    Adoração da Santa Cruz
A seguir, faz-se a apresentação e adoração da Santa Cruz, com uma das formas propostas no Missal.
¨    Primeira forma de apresentação da Cruz: o sacerdote recebe a cruz coberta e, junto ao altar, em três momentos sucessivos a descobre e a apresenta para a adoração dos fiéis, repetindo a cada vez o convite: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos.Terminado o Canto, ajoelham-se e durante breve tempo adoram em silêncio a Cruz. Depois a cruz é levada pelo presbítero à entrada do presbitério, acompanhada por dois acólitos com velas acesas, e a coloca ali ou a entrega aos ministros para que a sustentem levantada entre velas acesas colocadas à direita e à esquerda.
¨    Segunda forma de apresentação da Cruz: o sacerdote, acompanhado pelos acólitos, vai à porta da igreja onde toma a cruz descoberta. Os acólitos trazem consigo velas acesas, e faz-se a procissão pela igreja até o presbitério. Perto da porta da igreja, na metade e à entrada do presbitério, o sacerdote eleva a cruz cantando o invitatório: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Depois de cada resposta todos se ajoelham e adoram em silêncio durante breve tempo. Depois se deixa a Cruz à entrada do presbitério, como se disse anteriormente, para a adoração.
Para a adoração da cruz, o celebrante deixando a casula e, se julgar conveniente, os sapatos aproxima-se em primeiro lugar, faz a genuflexão diante da cruz, beija-a e volta à sede onde volta a calçar-se e se reveste com a casula.
Depois do sacerdote passam adorando a cruz os ministros e depois os demais fiéis.
4) Sagrada Comunhão:
Terminada a adoração, leva-se a cruz a seu lugar, perto do altar. As velas acesas são colocadas junto ao altar, ou junto à cruz. Sobre o altar se estende uma toalha e se coloca um corporal e o Missal.
Depois vai se buscar o Santíssimo Sacramento no lugar onde ficara reservado. Dois acólitos com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e as deixam (as velas) sobre o altar. Na igreja todos estão em silêncio. Uma vez estando as âmbulas sobre o altar e descobrindo-as, faz-se a genuflexão. Diz-se o Pai-nosso com seu embolismo e se distribui a Comunhão, como se indica no Missal. Terminada a comunhão reserva-se novamente o Santíssimo Sacramento ou fora da igreja, no lugar anteriormente preparado ou, se as circunstâncias exigirem, no sacrário. Depois de certo período de silêncio, o sacerdote, de pé, diz a oração para depois da comunhão.
5) Rito de Conclusão:
Terminada a oração, depois da comunhão, para a despedida, o sacerdote de pé, voltado para o povo e com as mãos estendidas sobre o altar diz a oração correspondente.
Depois se faz genuflexão para a Cruz. Todos se retiram em silêncio.
O altar se desnuda no tempo oportuno.
III. Vigília Pascal:
 Sentido: Segundo antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12,42). E, a vigília que nela se celebra para comemorar a noite santa da ressurreição do Senhor, é considerada como a “Mãe de todas as Santas Vigílias” (Santo Agostinho). Nela a Igreja, vigiando espera a Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.
Preparar:
a) Para a bênção do fogo: fogueira fora da igreja, onde o povo possa reunir-se; círio pascal; cinco grãos de incenso e estilete; pavio para acender o círio com a chama do fogo novo; velas para os participantes da vigília; pinças para que o turiferário possa tirar as brasas do fogo novo e pô-las no turíbulo.
b) Para a proclamação da Páscoa: pedestal para o círio, perto do ambão.
c) Para a liturgia batismal: recipiente com água; quando se celebram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos catecúmenos; vela batismal; Ritual Romano.
As luzes da Igreja se apagam.
1) Bênção do fogo e preparação do Círio:
Sentido: celebração da luz, Cristo luz do mundo, que vai dissipando nossas trevas.
O sacerdote e os ministros aproximam-se do lugar onde o povo está reunido para a bênção do fogo. Um dos acólitos leva o círio pascal. Não se levam nem cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem carvões. Chegados ao lugar, faz-se a acolhida e a seguir, a bênção do fogo. O turiferário, a seguir, toma brasas do fogo novo e as coloca no turíbulo. Em seguida, o celebrante vai pronunciar sobre o círio as palavras prescritas, realizando os ritos estabelecidos. Após estes ritos realizados sobre o círio, o celebrante com a ajuda do ministro acende o círio tirando a chama do fogo novo, pronunciando as palavras prescritas.
2) Procissão:
Depois de acender o círio pascal, o celebrante põe incenso no turíbulo. Depois, recebe o círio das mãos do acólito e começa a procissão para entrar na Igreja. Ordem:
- Turiferário com o turíbulo fumegante;
- Celebrante com o círio pascal;
- Demais ministros;
- Povo
Todos levam em suas mãos as velas apagadas.
Na porta da Igreja, o celebrante, de pé e elevando o círio, canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus.
A seguir no meio da Igreja fará a mesma coisa. Nesta segunda vez, todos acendem suas velas, comunicando o fogo entre si.
Quando o celebrante chega diante do altar, volta-se para o povo o por terceira vez canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus. Em seguida coloca o círio pascal sobre o candelabro preparado para isso perto do ambão. Neste momento acendem-se as luzes da Igreja.
3)    Proclamação Pascal: O celebrante põe incenso no turíbulo e o abençoa. Toma o turíbulo e incensa o círio e o lecionário que está sobre o ambão e canta a Proclamação da Páscoa. O povo permanece de pé e com as velas acesas em suas mãos.
4) Liturgia da Palavra:
Sentido: apresenta uma breve história da nossa salvação que se realiza plenamente em Cristo nesta noite.
Terminada a proclamação da Páscoa, todos apagam suas velas e se sentam. Antes do início das leituras pode-se fazer o comentário. Nesta Vigília são propostas 9 leituras: 7 do Antigo Testamento e 2 do Novo testamento: a Epístola e o Evangelho. A cada leitura do AT corresponderá um Salmo e uma oração coleta. Terminada a última leitura do AT com seu responsório próprio e a oração correspondente, acendem-se as velas do altar e entoa-se solenemente o Hino Glória a Deus nas alturas. Enquanto se entoa o Glória tocam-se os sinos e sinetas da Igreja. Terminado o hino o celebrante diz a oração da coleta. Em seguida se senta para a leitura da Epístola. Terminada a Epístola, todos se levantam e o celebrante entoa solenemente o Aleluia por três vezes. O povo, depois de cada vez o repete. A seguir diz-se o salmo. Logo se lê o Evangelho. Pode se usar o turíbulo, porém não se levam velas para a leitura do Evangelho.
Depois do Evangelho, faz-se a homilia e em seguida procede-se à liturgia batismal.
5) Liturgia Batismal:
Sentido: participamos da vida nova em Cristo, pela ação santificante dos sacramentos.
A liturgia batismal se celebra na fonte batismal ou no presbitério mesmo. A seguir, chamam-se os catecúmenos, se os houver, com seus pais e padrinhos em caso de crianças. Em seguida os cantores cantam as ladainhas às quais todos respondem estando de pé, em razão do tempo pascal.
Terminadas as ladainhas, o celebrante, perto da fonte batismal, com suas mãos estendidas procederá à bênção, enquanto diz: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo, pode introduzir o círio na água, uma ou três, como se diz no Missal. Depois disso, caso haja celebração dos sacramentos do batismo e da crisma, procede-se à administração desses sacramentos. Terminada a celebração, ou caso não se celebrem esses sacramentos, depois da bênção da água, o celebrante, de pé, voltado para a assembléia, recebe dos fiéis a  renovação das promessas do batismo.
6) Renovação das Promessas Batismais:
Os fiéis, de pé, levam em suas mãos velas acessas. O celebrante fará o interrogatório correspondente à Renovação das promessas batismais.
Terminada a renovação das promessas o celebrante fará a aspersão sobre o povo com a água benta, percorrendo a igreja, enquanto se canta um hino de índole batismal.
Terminada a aspersão, o celebrante retorna à sede, de onde, omitindo o credo dirigirá a oração universal.
7) Liturgia da Eucaristia:
Em seguida, tem início a Liturgia da Eucaristia, que se celebra segundo o rito de costume.
8) Despedida:
Para a despedida dos fiéis, agrega-se um duplo Aleluia.
Para a bênção final da Missa, o celebrante poderá empregar a fórmula de bênção solene para a Missa da Vigília Pascal, proposta no Missal.
Apêndice: Incensação
O rito de incensação expressa reverência e oração, como se dá a entender no Sl 140,2 e em Ap 8,3.
¨      Em que momentos se usa o incenso na Missa?
- Durante a procissão de entrada;
- No começo da Missa para incensar o altar;
- Para a procissão e proclamação do Santo Evangelho;
- Na preparação dos dons para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o celebrante (e concelebrantes) e o povo;
- No momento de mostrar a hóstia e o cálice, depois da consagração.
O celebrante se está na sede, senta-se para por incenso no turíbulo. O ministro apresenta-lhe a naveta e após depositar o incenso no turíbulo o celebrante abençoa o incenso com o sinal da cruz, sem dizer nada. Para passar o turíbulo ao celebrante, o turiferário coloca a parte superior das correntes na mão esquerda do celebrante e a parte inferior na direita.
¨      Como incensar?
Antes e depois de incensar, faz-se inclinação profunda à pessoa ou objeto que se incensa; excetuam-se o altar e as oferendas para o sacrifício da Missa. Aquele que incensa segura com a mão esquerda as correntes por sua parte superior, e com a direita, as mesmas, juntas, perto da parte inferior do turíbulo e o sustenta de tal maneira que possa movê-lo comodamente. Importante lembrar que a incensação deve ser feita com dignidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça. Terá a mão esquerda que sustenta a parte superior das correntes – firme e estável sobre o peito; a mão e o braço direito as moverão com a parte inferior de forma cômoda e contínua.
Com três movimentos duplos se incensam: o Santíssimo Sacramento; as relíquias da Santa Cruz e as imagens do Senhor expostas solenemente, também as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o celebrante, a autoridade civil que por ofício está presente na celebração, o coro e o povo, o corpo do defunto.
Com dois movimentos duplos se incensam as relíquias e imagens dos Santos expostas para a veneração pública.
O Santíssimo Sacramento se incensa de joelhos. As relíquias e imagens se incensam depois da incensação do altar, no início da Santa Missa.
Fonte de Pesquisa: Cerimonial dos Bispos.